sexta-feira, 30 de junho de 2017
domingo, 18 de junho de 2017
Participação em Festival
Agradecer a todos aqueles que nos últimos dias têm sido incansáveis nas preocupações de saúde que tenho sofrido.
Infelizmente fui desaconselhada a voar para Paris para assistir à exibição do documentário do "Padre das Prisões" no Festival Europeu televisivo de programas religiosos, que ocorreu no passado dia 16, e pôs a marca dos documentários portugueses na edição de um festival televisivo tão significativo.
Em 35 anos, nunca tinha sentido o peso de abdicar de uma realização tão especial nem de me faltarem as forças para concluir um sonho.
Mas dizem que sobreviver a uma desilusão sempre nos torna mais fortes.
quinta-feira, 15 de junho de 2017
sexta-feira, 9 de junho de 2017
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Quase Paris
É que se eu me sentasse eu não tinha pernas,
se eu me deitasse não havia corpo que se deitasse comigo (comigo lá dentro porque aquele era o meu corpo e um corpo tem de nos ter lá dentro para sempre até morrermos; e não nos pode deixar sair nunca, ainda que sejamos nós a pedir-lhe)
se eu me deitasse não havia corpo que se deitasse comigo (comigo lá dentro porque aquele era o meu corpo e um corpo tem de nos ter lá dentro para sempre até morrermos; e não nos pode deixar sair nunca, ainda que sejamos nós a pedir-lhe)
- nós nunca podemos
sair.
E.
É que tu eras tudo, sabes? Como na Bíblia: ”O Princípio, o meio e o fim”.
Tu eras esse princípio, esse meio e esse fim, e eu não sabia que sem ti eu podia andar, que sem ti eu podia comer, que sem ti eu me podia vestir; como na Bíblia, os lírios do campo não têm que se preocupar com a roupa porque já estão vestidos, e bonitos, e brancos.
(eu podia recitar-te a Bíblia toda se soubesse que ficavas, daríamos passeios tolos de mãos dadas em Belém e tu cantavas para mim: não, nós não andaríamos de mãos dadas em Belém, andaríamos de pés dados porque connosco é diferente; e tu não cantarias para mim, só me enfiavas num quarto para que eu escrevesse, para que eu escrevesse sempre)
É que tu eras tudo, sabes? Como na Bíblia: ”O Princípio, o meio e o fim”.
Tu eras esse princípio, esse meio e esse fim, e eu não sabia que sem ti eu podia andar, que sem ti eu podia comer, que sem ti eu me podia vestir; como na Bíblia, os lírios do campo não têm que se preocupar com a roupa porque já estão vestidos, e bonitos, e brancos.
(eu podia recitar-te a Bíblia toda se soubesse que ficavas, daríamos passeios tolos de mãos dadas em Belém e tu cantavas para mim: não, nós não andaríamos de mãos dadas em Belém, andaríamos de pés dados porque connosco é diferente; e tu não cantarias para mim, só me enfiavas num quarto para que eu escrevesse, para que eu escrevesse sempre)
E.
E eu gostava do teu quarto.E o que eu gostava de ti.
domingo, 4 de junho de 2017
Formação "Falar em público"
Foi o fim da formação "Falar em público" com mulheres guineenses da Asso Filhos Amig Farim.
Espero sempre que as/os minhas/meus formandas/formandos aprendam tanto como eu no decorrer de cada sessão. Hoje foi o nosso último dia juntas....e as #Capazes deram uma ajuda extra à felicidade com as suas t-shirts.
Obrigada Capazes, you all rock! #juntas
Formadora: Inês Leitão
sexta-feira, 2 de junho de 2017
Para o meu querido Tiago
(Para o Tiago, com todo meu coração)
Sabes T., queria ter-te dito o que vem a seguir, depois do
choque de perdermos alguém.
É um vazio absoluto.
Ainda dou por mim no trabalho a emocionar-me do nada; ou antes, a emocionar-me
deste vazio todo porque ainda não sei bem o que fazer com ele, nem este vazio
todo sabe bem o que fazer comigo.
Ainda que não visse o M. todos os dias, ainda que não
olhasse para ele todas as semanas, ele existia. E só por existir, o meu querido
M. fazia o mundo ser melhor, mais respirável, mais puro.
Porque ele era
genuinamente bom e genuinamente verdadeiro: há poucas pessoas assim hoje em dia.
E com aquela
gargalhada boa que parte qualquer um de nós.
Continuo a falar no presente do indicativo, viste? Tu também
vais fazer isso durante algum tempo até à altura em que te agarras à tua
espiritualidade e à maravilhosa metáfora do Céu.
Eu acredito no Céu.
Um Céu mesmo, sabes? Tipo azul, com casas que são nuvens, anjos que se passeiam pelas ruas do Céu e te cumprimentam amorosamente - e anjas também - e se calhar as anjas apaixonam-se pelos anjos, enfim, essas coisas também devem acontecer lá pelo Céu.
Acredito mesmo nisso.
Que lá em cima deve ser mesmo bom e deve haver chocolate que não engorda a toda
a hora …e lá há muita paz, sabes? Mas também há cafés e bares, certamente. E eles espreitam cá para baixo. Acho mesmo que eles olham por nós e evitam-nos alhadas.
De qualquer forma, hoje deixo-te chorar e vestir preto.
Hoje podes
chorar tudo o que tens direito, e depois amanhã também podes.
Depois podes
bater com a cabecinha nas paredes a questionar tudo até ao momento em que sais
do trabalho e vais ter com os teus amigos para celebrar: a vida, T, celebrá-la
a Ela e a ele, e ao enorme privilégio de termos tido estas pessoas connosco um
dia (somos uns sortudos do caraças, já pensaste bem???!!).
Quando pedires um gin ou uma cerveja – nesse dia depois do
trabalho - faz um brinde com os teus amigos e olha para o céu erguendo o teu copo.
Tenho a certeza que o teu amigo anda por lá. Quem sabe já se esbarrou com o meu.
Promessa de Gretl!quinta-feira, 1 de junho de 2017
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Entrevista - Alentejo Calling - Rádio Renascença
ler aqui: https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/09/24/migrantes-ajudam-a-construir-um-alentejo-absolutamente-novo-e-povoado/394895/
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INÊS LEITÃO nasceu a 1 de Julho de 1981 em Lisboa. É licenciada em Estudos Anglo- Americanos pela Faculdade de Letras da Univer...
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ler aqui: https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/09/24/migrantes-ajudam-a-construir-um-alentejo-absolutamente-novo-e-povoado/394895/
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porque eu já não sei escrever. -as minhas unhas, os meus dedos, a minha boca já não sabem escrever. já não sei escrever. -os meus olhos,...