domingo, 28 de maio de 2017

Módulo de Formação Teórico - "Falar em Público"


local: Associação Irmãos e Amigos de Farim
Formadora: Inês Leitão
Monte Abrãao
28 Maio 2017


Mulheres guineenses que um dia destes se tornam as maiores ativistas do Mundo e arredores.

#PROUD #WOMENPOWER #falarépoder



Dinâmica do Olhar

                                                   Dinâmica "Eu nos sapatos do Outr@"



quinta-feira, 25 de maio de 2017

Nunca te vou esquecer, Miúdo! - CAPAZES



Escrevi este texto quando o Maurício entrou em morte cerebral  e eu esperava um milagre, como o golo do Kelvin. Hoje ao reler, percebi que não alteraria uma linha.

Morreu um homem de exceção que faz uma falta do caraças.

Texto Capazes ler aqui





segunda-feira, 22 de maio de 2017

Pequeno-almoço






Um dia explicas-me. Um dia explicas-me porque é que te foste embora. Por que é que deixaste de existir ou por que é que nunca exististe a sério e te deixaste criar pela minha imaginação
(podias ter-me impedido de ter sido tão ridícula)

Um dia dizes-me por que raio eu.
Um dia explica-me.

Explica-me como é que te foste embora assim sem me levares agarrada a ti, como é que tiveste coragem de ir com a tua pele sem mim;  a deixares-me para trás, sentada na sala, quieta e perdida, a começar a morrer com saudades.

Daquelas saudades, sabes? Das que parece que abrem um buraco no peito para onde podes gritar como um poço: um poço preto e fundo, que de tão real podes andar a mostrá-lo ao médico e ao mundo. Que por existir, dá pena a quem o mostras, porque também eles já tiveram um poço igual a esse no meio do seu peito, no lugar onde costumava ficar o seu coração.

 Mas um dia o coração voltou a crescer-lhes e tapou o poço.
Dizem que é isso que acontece aos poços do peito. Não há cimento que os vença: só coração.



Por que é que me fizeste isto se não era para ser?
Se tu não nasceste e não era para ser.
Se tu nunca exististe e não era para ser.



quinta-feira, 11 de maio de 2017

Artigo - "Portugal Católico - A Beleza da diversidade"


A obra "Portugal Católico - A Beleza da diversidade" conta com um artigo de Inês Leitão sobre a Pastoral Penitenciária de Portugal.

Uma replica muito especial será entregue ao Santo Padre na sua vinda a Fátima a 13 de maio. #portugalcatolico #pastoralpenitenciariadeportugal







quarta-feira, 10 de maio de 2017

Dos dias Grandes




Dos dias grandes. Dos dias grandes em que acontecem coisas boas. Dos livros novos, daquilo que um livro novo pode trazer.
Dos dias grandes, do teu corpo e de mim. Das saudades que tenho tuas e minhas e das coisas que fazemos juntos quando o teu olhar fala comigo e me diz coisas bonitas
(o teu olhar diz coisas tão bonitas).

 Dos dias grandes em que citas poetas, dos dias grandes em que te vejo brilhar. Dos dias grandes em que alguém morre e tu és colchão da cama, o colchão que empurramos, agarramos e apertamos num desespero indizível.

Dos dias grandes, dos dias em que escrevemos textos só para sabermos que os dedos estão vivos e que o amor a sério é para pessoas grandes.

Dos dias grandes em que planeamos a vida e a vida sai ao contrário porque ela não gosta de ser planeada.

Dos dias grandes em que olho para ti e me vejo, dos dias grandes de uma casa e uma cadela.
Dos dias grandes que não trazem nem morte nem frio, dos dias grandes onde dançamos juntos com os teus pés.

Dos dias grandes que não têm fim e que são semente para outros dias grandes.

Dos dias grandes em que te tenho para mim, sem saber se mereço tanto.

E é isto.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Espero por ti logo para o almoço





Não há dia sem dor depois de ti,
porque a natureza do mundo mudou
e o mundo já não ri o teu riso.



O peixe foge do prato do almoço
(o garfo não o apanha),
a criança dorme aninhada no ninho da ratazana preta
e todos os bebés do mundo nasceram mudos.


 Os homens passam uns pelos outros
com as pernas apagadas debaixo das calças
sem corpo, só com a roupa vestida, sem corpo debaixo
-
Já não há gente por aqui, sabes?



Os candeeiros saíram das ruas,
desenterraram-se e andaram pela primeira vez,
estão fugir.


E deixou de haver caminho.


Todos os homens bons morreram ,
sem que ninguém saiba ao certo
 onde foi
que se esconderam.





domingo, 7 de maio de 2017

Da dor III


Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te. Enterrar-te.

Enterrar-te.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

2ª edição do livro - "O Padre das Prisões"




O livro "O Padre das Prisões" terá a sua 2ª edição no inicio do próximo mês de Junho em Lisboa.
Contamos com todos!






Do regresso

  porque eu já não sei escrever. -as minhas unhas, os meus dedos, a minha boca já não sabem escrever.   já não sei escrever. -os meus olhos,...