segunda-feira, 31 de agosto de 2020

"O último exorcista de Lisboa" - TOP 10 da Guerra&Paz

 


Já é oficial. De 5.ª a domingo, este foi o melhor arranque de sempre de uma Feira do Livro na Guerra e Paz editores. São estes os 15 livros mais procurados pelos leitores, o nosso top 15.

1. Este vírus que nos enlouquece
2. Observação da gravidade
3. O ouriço e a raposa
4. Mein Kampf-a minha luta
5. A arte da guerra
6. Contos tradicionais portugueses
7. Atlas histórico de África
8. Assim nasceu uma língua


9. O último exorcista de Lisboa


10. Mulherzinhas
11. Moby Dick
12. Orgulho e preconceito
13. Boas esposas
14. A segunda vida de Fernando Pessoa
15. O pequeno livro vermelho





sexta-feira, 21 de agosto de 2020

"O último exorcista de Lisboa" - conversa na Feira do livro - 17h00 - 30 de agosto

 Vou estar à conversa na Feira do Livro de Lisboa , dia 30 de agosto pelas 17:00!

O tema será o meu último livro “ O último exorcista de Lisboa” . Conto com todos! ❤️


Feira do Livro de Lisboa - Apresentação do livro "O menino que não via o sol" - 5 de setembro (16h15 )



Estamos a apresentar o livro “o menino que não via o sol” dia 5 de setembro pelas 16h15 , no auditório poente da Feira do livro de Lisboa. Este é o primeiro livro dirigido a crianças que aborda temas tão importantes como a mutilação genital, a vacinação, casamentos precoces e a integração . Conto com todos! ❤️

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Das palavras do mundo

 

Em alemão não existe a palavra grávida. Existe a concepção dessa condição que para os alemães significa "trazer uma criança debaixo do coração" - ein kind unter dem herzen tragen"

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Do Tempo

 

17 de julho de 1897




A V. escreveu-me a dizer que passou o mesmo que eu. Que percebe.

Não sei se ela se sentou como eu, na cama, com um vazio imenso dentro dela. 

Eu nunca quis que chamassem ninguém mas precisei de ouvir a voz da minha irmã para que, de alguma forma, pudesse perceber que eu própria tinha de saber-me viva. De alguma forma, curiosamente, é sempre ela.

Isto não era bem só um vazio, era uma espécie de vazio gelado de um inverno rigoroso que queima tudo à sua volta. 


Também não sei se os médicos dela foram tão generosos como aqueles que eu encontrei a olhar por cima de mim, enquanto eu chorava sem saber como não parecer tão vulnerável - tão frágil como nunca quis ser. 

Afogo-me em trabalho porque o trabalho redime e salva e, de alguma forma, apesar de tanto amor que recebo, sei que preciso de ser salva, e esse trabalho de casa também é meu.



quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Do eterno



Querida S.,


Não andei agarrada a fotos tuas depois da tua morte. Enterramos-te. 

Vieste a falecer um dia depois de eu celebrar um mês de casamento, um dia antes de eu te ter tentado visitar-te.
Fiquei parada na tua entrada, como se o cimento fosse a eterna continuação das minhas pernas e dos meus pés quando o teu irmão me disse que estavas a ter um dia mau.
De facto, ele não disse um dia mau, disse um dia muito muito mau.

Eu não ouvi nem vi o que ele já me dizia com a boca e com o olhar.

Recordo a tua voz e o nosso passado de teenagers nos escuteiros e isso basta-me. Ouvir-te cantar.
É àquela Sónia que eu vou quando quero recordar. 


Vi os teus filhos nesse dia, não faço ideia como sobreviverão sem ti.

Acredito, ainda assim, que terão na memória uma mãe que aguentou o impossível por eles, e com a sabedoria que a vida nos traz, aprendi que é sempre o melhor que fica quando o pior nunca foi terror.

Eu desembaracei a minha dor e estou bem.

(eric lacombe)

Do regresso

  porque eu já não sei escrever. -as minhas unhas, os meus dedos, a minha boca já não sabem escrever.   já não sei escrever. -os meus olhos,...