Os meus ossos têm febre
mas eu prefiro coser a minha boca a dizer-te o que eles te queriam dizer ao ouvido
mas eu prefiro coser a minha boca a dizer-te o que eles te queriam dizer ao ouvido
com eternidade: os meus ossos falam em eternidade
e em ti,
e e mim, à noite antes de irmos todos dormir o meu corpo.
e em ti,
e e mim, à noite antes de irmos todos dormir o meu corpo.
(os meus ossos prometeram dessossar-se para te falarem de mim sem que eu soubesse: eles queriam dizer-te do amor,
mas eu cosi a boca, sabes? cosia-a para ela nunca mais se abrir )
mas eu cosi a boca, sabes? cosia-a para ela nunca mais se abrir )
como se eu e o meu corpo não estivéssemos aqui,
aqui,
aqui sentados os dois a olhar para ti pelo vidro,
aqui, sem saber bem porquê,
a desejar-te tanto.
Muito bonito o poema!
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