És desabitado porque onde havia vida, tu levaste o desamor.
És desabitado.
As pedras exiladas recusam-te porque recusam o vento,
o vazio e o nada,
porque tu nunca soubeste levar ninguém na boca:
nunca ninguém seguiu protegida entre os teus dentes,
nunca ninguém sentiu refúgio entre os teus maxilares que atravessavam a Terra.
o vazio e o nada,
porque tu nunca soubeste levar ninguém na boca:
nunca ninguém seguiu protegida entre os teus dentes,
nunca ninguém sentiu refúgio entre os teus maxilares que atravessavam a Terra.
És desabitado e pequeno e pobre
porque tu nunca soubeste coser pele ou remediá-la depois, com a velha caixa de costura da despensa,
- nunca te vi coseres-me com carinho depois de me veres chorar: eu sentada num eterno retorno e tu
porque tu nunca soubeste coser pele ou remediá-la depois, com a velha caixa de costura da despensa,
- nunca te vi coseres-me com carinho depois de me veres chorar: eu sentada num eterno retorno e tu
És desabitado e pequeno e pobre
e o pouco
sempre te será o bastante.
sempre te será o bastante.
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