terça-feira, 28 de agosto de 2018
Da eternidade dos dedos
(Para M. com todo o meu amor)
devia ter-te dito que
os meus lábios conhecem a tua pele de outro Tempo
e que lhe dizem coisas enquanto a toco.
que se colar os teus dedos na minha boca
e a souber arrastar delicadamente pelo teu braço,
o meu cheiro é o teu,
o teu o meu.
que se tombar no teu colo,
sei que o teu corpo resgataria os meus ossos da morte
com a luz que iria buscar
- sem medo -
à água do deserto do corpo dos vivos.
devia ter-te dito que o formato do teu corpo,
a linha dos teus ombros tocados pelo sol,
são meus desde o momento da Criação.
(eu a saber que o meu corpo precisa tanto de ti.
eu a saber que queria tanto ter-te.)
image: Eric Lacombe
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Entrevista - Alentejo Calling - Rádio Renascença
ler aqui: https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/09/24/migrantes-ajudam-a-construir-um-alentejo-absolutamente-novo-e-povoado/394895/
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INÊS LEITÃO nasceu a 1 de Julho de 1981 em Lisboa. É licenciada em Estudos Anglo- Americanos pela Faculdade de Letras da Univer...
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porque eu já não sei escrever. -as minhas unhas, os meus dedos, a minha boca já não sabem escrever. já não sei escrever. -os meus olhos,...
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