O espelho.
Estamos a ver-nos ao espelho. Nele somos nus e felizes. Há qualquer coisa no nosso corpo que fala e diz coisas às nossas cabeças. Quando nos deitamos assim, aninhados, como cães da rua ou como pessoas felizes que fazem coisas com o corpo. Nós sabemos fazer coisas com o nosso corpo. E para fazermos coisas com o nosso corpo começamos por olhar-nos nos olhos. Olhamos para dentro um do outro. Nos olhos. Fixamente. Tudo começa nos teus olhos. E depois o que quer que comece nos teus olhos vem para os meus, com força. São os teus olhos. E os meus.
São eles que, como mestres, nos mandam fazer coisas com o corpo. Somos hipnotizados. Obedecemos. Continuamos a ver-nos ao espelho. Mas só depois. Continuamos a ver-nos ao espelho. Nele somos nus e felizes e eternos. No espelho. Ali.
O espelho diz-nos corpo, não nos diz cabeça nem coração -apesar deles existirem debaixo da pele - diz-nos corpo. Tão-só corpo.
O
espelho. É nele. Estamos a ver-nos ao espelho. Estamos a ver-nos ao espelho. Nele somos nus e felizes. Há qualquer coisa no nosso corpo que fala e diz coisas às nossas cabeças. Quando nos deitamos assim, aninhados, como cães da rua ou como pessoas felizes que fazem coisas com o corpo. Nós sabemos fazer coisas com o nosso corpo. E para fazermos coisas com o nosso corpo começamos por olhar-nos nos olhos. Olhamos para dentro um do outro. Nos olhos. Fixamente. Tudo começa nos teus olhos. E depois o que quer que comece nos teus olhos vem para os meus, com força. São os teus olhos. E os meus.
São eles que, como mestres, nos mandam fazer coisas com o corpo. Somos hipnotizados. Obedecemos. Continuamos a ver-nos ao espelho. Mas só depois. Continuamos a ver-nos ao espelho. Nele somos nus e felizes e eternos. No espelho. Ali.
O espelho diz-nos corpo, não nos diz cabeça nem coração -apesar deles existirem debaixo da pele - diz-nos corpo. Tão-só corpo.
Nele nus. Nele felizes.