Meus queridos,
é como se nos abrissem o coração. Como se uma equipa de médicos se dedicasse a colocar veias nos sítios certos comigo acordada, a ver, sem anestesia, nessa sala de operações clean e desinfetada, com médicos que não falam comigo enquanto me salvam: há qualquer coisa disto tudo que estou a viver com vocês assim, como se andasse de peito aberto na rua, com um buraco por não vos ter aqui. Por vos ver ir.
Espero que um dia este buraco gigante se feche.
Todos me prometem que sim.
(Mangualde quando Mangualde era meu, 1984)
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