Da análise da dor apresentada na presença do corpo vitimizado, analisámos que se trata de um tipo de dor acutilante: rasga-se a gengiva do maxilar esquerdo quando a dor instalada se vira de costas dentro do corpo que ocupa.
O dono do corpo, proprietário imobilizado, fica impossibilitado de procurar ajuda para a cura, uma vez que a dor citada se apercebe com rapidez que uma tentativa de equilíbrio se encontra em curso, movimentando-se imediatamente no sentido oposto, rasgando a totalidade da gengiva do maxilar direito do vitimizado
(esta dor compreende que a boca ensanguentada aterroriza e imobiliza a vítima).
Assim, verificámos o seguinte:
i) Este tipo de dor é cirúrgica de morte e revela-se no indivíduo indicando que gosta do poder destruidor que tem, ponderando com exactidão toda a sua conduta.
ii)Como emoção negativa dentro de um corpo, consegue em menos de um segundo fossilizar,
incendiar,
cristalizar,
congelar,
incendiar
ou asfixiar o seu objecto/vítima.
iii)Este tipo de dor gosta da força da sua própria violência, não se compadece com o martírio, não responde a provocações tecidas e exibe um perfil profundamente manipulador.
iiii)O tipo de dor selado em amostra, tem a capacidade de se reinventar em cada vítima
(homem, mulher ou criança com predisposição patológica)
adaptando-se com facilidade a qualquer circunstância.
No âmbito do exposto é fundamental realçar que o tipo de dor em análise, ao sentir-se alimentado e acarinhado pelo corpo vitimizado, actua com inexplicável ternura sobre o mesmo, naquilo que pode ser referenciado como um
curto
acto
de
afecto.
Imagem: Eric Lacombe
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Entrevista - Alentejo Calling - Rádio Renascença
ler aqui: https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/09/24/migrantes-ajudam-a-construir-um-alentejo-absolutamente-novo-e-povoado/394895/
-
INÊS LEITÃO nasceu a 1 de Julho de 1981 em Lisboa. É licenciada em Estudos Anglo- Americanos pela Faculdade de Letras da Univer...
-
ler aqui: https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/09/24/migrantes-ajudam-a-construir-um-alentejo-absolutamente-novo-e-povoado/394895/
-
porque eu já não sei escrever. -as minhas unhas, os meus dedos, a minha boca já não sabem escrever. já não sei escrever. -os meus olhos,...
Sem comentários:
Enviar um comentário