segunda-feira, 20 de maio de 2013
Boca bilingue
a minha solidão come-me.
a minha solidão come-me e mastiga-me e
vira-me ao contrário com a língua
para me ter melhor.
a minha solidão gosta de me ter bem
( não é apenas ter-me, é ter-me bem)
e gosta de dizer-me sua por laços de afinidade patológica.
a minha solidão não me abandona porque a minha solidão é corpo,
é mãos,
é dedos dos pés: a minha solidão é braços e pernas atados
ou sou eu sozinha
dentro do meu corpo,
a olhar para mim de olhos vermelhos
como quem sabe o que sente.
(*Para Pedro, que se tornou o meu grande amor.)
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Entrevista - Alentejo Calling - Rádio Renascença
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INÊS LEITÃO nasceu a 1 de Julho de 1981 em Lisboa. É licenciada em Estudos Anglo- Americanos pela Faculdade de Letras da Univer...
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porque eu já não sei escrever. -as minhas unhas, os meus dedos, a minha boca já não sabem escrever. já não sei escrever. -os meus olhos,...
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