Podia falar-te da falta que me fazes de dia quando sais,
podia falar-te do cio, das pernas a tremer antes de chegares:
podia até falar-te das vezes em que me mordo para degolar a raiva que se senta,
plácida,
no sofá do nosso quarto a olhar para mim antes de tu vires.
podia falar-te do cio, das pernas a tremer antes de chegares:
podia até falar-te das vezes em que me mordo para degolar a raiva que se senta,
plácida,
no sofá do nosso quarto a olhar para mim antes de tu vires.
Podia falar-te do mal e do bem,
da decoração da casa nova,
das tuas costas,
(eu sei tanto da beleza das tuas costas).
da decoração da casa nova,
das tuas costas,
(eu sei tanto da beleza das tuas costas).
Podia falar-te das nossas pernas trancadas na cama de manhã
com a força férrea de um cadeado de portão:
podia falar-te do meu vestido de hoje
da sua roda
ou dos teus olhos que são negros como o céu.
Podia falar de guerras, de espadas e de outros mundos;
mas seria um erro tão estúpido.
mas seria um erro tão estúpido.
Porque, sabes, só tu és guerra,
porque só tu és mundo.
porque só tu és mundo.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário