Não sei como te contar que as minhas mãos tremem. A direita
mais do que a esquerda. A mão direita a abanar como se estivesse a tremer o
mundo, como se quisesse existir sem a coordenação de um pulso que a liga a um
braço,
a um cotovelo,
a um ombro:
a mim que moro na cabeça do meu corpo.
As minhas mãos a tremer e eu na minha cabeça sem conseguir agarrar um copo de água: consequência directa de pequenos terramotos que se executam dentro do corpo, todos eles com o epicentro num coração que pulsa sem abrigo e sem embargo.
a um cotovelo,
a um ombro:
a mim que moro na cabeça do meu corpo.
As minhas mãos a tremer e eu na minha cabeça sem conseguir agarrar um copo de água: consequência directa de pequenos terramotos que se executam dentro do corpo, todos eles com o epicentro num coração que pulsa sem abrigo e sem embargo.
Porque ontem nada me doía e tudo era abalo.
(Pic: Eric Lacombe)
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